De quem é a culpa?!

Pode até parecer repetitivo, uma vez que a mídia mostra, o povo fala e os demais comentam, porém, precisamos denunciar, alardear, escancarar a realidade, se o povo mora mal, se a população mais carente vive em péssimas condições, é porque o Estado não da uma assistência, o dinheiro até existe, mas o seu destino é incerto, se ao invés de ter gastado milhões, quiçá bilhões, para a realização do PAN, o governo federal juntamente com o governo do rio tivesse investido no deslocamento das pessoas das áreas de risco, se houvesse financiado a construção de moradias dignas e acessíveis, não teríamos tanta desgraça. Ouvimos pessoas dizendo que a culpa é dos moradores que invadiram uma área que era um aterro de lixo, mas vejamos, se o município asfaltou, se o órgão responsável pela urbanização proporcionou acesso aos “invasores” está implícito que se pode viver ali, é uma questão de entrelinhas, logo, não podemos culpar a população pela má escolha de moradia, é bom ressaltar que o termo escolha só pode ser utilizado quando houverem alternativas, o que não houve no morro do Bumba que é uma Bomba. Universidades, estudiosos e até os aprendizes de geologia ou área semelhante sabem desses perigos de morar em morros, e todo ano é a mesma coisa, a chuva vem , o morro desmorona, morre gente, outras ficam desabrigadas ou desalojadas e na outra semana estamos falando em mais uma tragédia que poderia ser evitada. A questão não é a tragédia em si, mas a previsão de acontecimento desta, se pode ser evitada então que se evite, e para que isto aconteça não se faz necessário convidar a Mãe Diná para que esta “preveja” o futuro. Vamos investir em educação, em base educacional, em universidades públicas e em acesso a universidades particulares aos que não podem pagar e além de tudo isso, vamos usufruir dessa educação, peguemos os acadêmicos para que estes façam estudos que nos proporcione um bem estar, seja em letras ou em física, todo curso tem um valor e isso pode ser revertido para nós sociedade, essa é a melhor maneira de começarmos um outro Brasil, não apenas do futebol ou o da boa economia, mas o Brasil que valoriza os seus, o país que cresce junto com a sua população. No mais, espero que aqueles afetados de maneira negativa com o advindo das chuvas tenham um apoio dos poderes constituídos para uma reconstrução, e que esse apoio não fique apenas no papel.



Aloysio Smith